Pontuações e as funções de cada posição do rugby

TRY é a pontuação máxima do jogo e vale 5 pontos. Para marcar um try, os jogadores devem levar a bola até a linha de fundo do campo adversário e apoiá-la no chão. Essa é a única maneira de se pontuar usando as mãos. Todo try marcado dá direito a um chute em direção aos postes, que quando convertido (o chute deve passar entre as traves e por cima do travessão) vale mais 2 pontos. Dizemos que um try convertido vale 7 pontos.

Outras duas maneiras de se pontuar são através da utilização dos os pés. A mais comum acontece depois de uma falta grave, o Penal. Esta infração é marcada quando existe alguma falta disciplinar grave, agressão física, ou atitude de anti-jogo. A equipe favorecida com o penal pode solicitar ao árbitro da partida a possibilidade de chutar para os postes. O árbitro sinaliza que haverá um chute e neste momento todos aguardam a cobrança. O jogador deve posicionar a bola no ponto onde o árbitro marcou a falta e chutá-la em direção aos postes. Caso a bola passe por cima do travessão e entre as traves a equipe receberá mais 3 pontos.

A segunda forma de se pontuar por meio dos pés é realizando um Drop-Kick. Enquanto a bola estiver em jogo, qualquer jogador que tiver a posse de bola, pode tentar converter este chute. Basta que antes de chutar em direção aos postes, a bola pingue no chão. Caso seja um chute certeiro, a equipe receberá mais 3 pontos.

As funções de cada posição:

Os Forwards: Jogadores com camisas com numeração de 1 a 8.

Os camisas 1, 2 e 3 são conhecidos como primeiras linhas. Geralmente os jogadores 1 e 3 são mais pesados e muito fortes, são chamados de Pilares. Basicamente são responsáveis pela captação e manutenção da bola. Participam das formações de SCRUM (cobrança de falta onde 8 jogadores de cada equipe disputam a bola empurrando-se), cobrança de lateral e devem sempre estar ajudando um jogador do seu time, que é derrubado pelo adversário, a manter a posse de bola. Fisicamente são bem característicos. Muitas vezes mais baixos e mais largos e raramente conseguem fazer um try, mas quando o fazem todos comemoram como se fosse uma vitória.

O camisa 2 é chamado de Hooker, geralmente é mais ágil e, portanto, menos pesado. Tem as mesmas funções dos jogadores 1 e 3. Ele é responsável por lançar a bola na cobrança de lateral e de jogá-la para trás, com os pés, durante a cobrança de scrum, onde posiciona-se entre os dois pilares.

Os camisas 4 e 5 são conhecidos como Segundas Linhas. Têm as mesmas responsabilidades dos primeiras linhas, aliás, só não são primeiras linhas porque cresceram demais e passaram dos dois metros de altura. Geralmente são eles que pulam no lateral e são levantados para receber a bola no ponto mais alto possível, evitando que o adversário a recupere. Na maioria dos casos não tem muita agilidade, mas isso não é uma regra. A verdade é que os adversários rezam pra não encontrá-los de frente, pois a pancada é sempre dura. Na formação de scrum, assim como o nome da posição diz, fazem a segunda linha, posicionado-se atrás dos jogadores 1, 2 e 3. Sendo assim, os jogadores de número 1 a 5 são os mais fortes da equipe.

Os camisas 6, 7 e 8 são os terceiras linhas. Dizemos que são os pulmões do time, pois estão onde a bola está. Correm muito. São potentes, velozes e participam com muita efetividade tanto no ataque, quanto na defesa. Devem proteger a bola, ou tentar recuperá-la. Também participam das cobranças de lateral e formações de scrum. Os jogadores 6 e 7 são chamados de Asas. As equipes costumam colocar um mais pesado e forte e outro mais leve e ágil, para servirem em movimentações de jogo que necessitem de ambas as qualidades. O número 8 é o xerife da equipe. Conhecido como Oitavo, em grande parte dos times são escolhidos os capitães, pois para jogar nesta posição eles precisam conhecer bem o jogo, ter boa qualidade técnica e física e tomar boas decisões, tanto individuais, quanto coletivas.

Os 3/4, Linhas, ou Backs: Jogadores com camisas com numeração de 9 a 15

O camisa 9 é conhecido como Half Scrum. É um jogador muito ágil e, por isso, geralmente é mais baixo. Os jogadores desta posição são responsáveis por fazerem a ligação entre os jogadores de número 1 a 8, com os jogadores de número 10 a 15. Estão constantemente com a bola nas mãos, pois sempre que existe um TACKLE (movimento de defesa, onde o defensor derruba o atacante com posse de bola) ele deve tirar a bola do chão e dar continuidade no jogo. São eles que introduzem a bola no scrum. Dizemos que eles são os olhos dos Forwards, por isso devem ter muito bom comando e comunicação.

O camisa 10 é conhecido como Abertura. Como o próprio nome diz, ele é responsável por abrir as bolas que são distribuídas pelo Half-Scrum e passá-las para os outros companheiros de equipe, ditando a velocidade do jogo. São responsáveis por chamar as jogadas e escolher o melhor caminho a ser seguido pela equipe. Devem ter boa visão de jogo e boa técnica de execução dos fundamentos, pois tomam muitas decisões. São jogadores que utilizam muito os pés, seja para sair da pressão defensiva, ou como tática ofensiva. Geralmente são eles que chutam as bolas para os postes na conversões, penais e drop-kicks. Por isso, podem decidir o destino de uma partida.

Os camisas 12 e 13 são conhecidos como Centros. São jogadores completos no que diz respeito a técnica, velocidade e potência. Devem ser fortes em ataque e em defesa, assim como um terceira linha, porém mais habilidosos, velozes e ágeis. Algumas equipes optam por ter um camisa 12 mais pesado e um camisa 13 mais veloz, mas isso não é uma regra. Eles estão sempre próximos durante o jogo e devem ser bem entrosados com o Abertura e entre si, pois atacam e defendem sobre uma grande área do campo.

Os camisas 11 e 14 são conhecidos como Pontas. São os jogadores mais rápidos da equipe. Estão posicionados sempre ao lado da lateral, sendo que cada um está em uma lateral. Fazem a cobertura de defesa, defendendo bolas que são chutadas pelo adversário e as contra-atacando. São os finalizadores do time, responsáveis por marcar try.

O camisa 15 é conhecido como FullBack. Em geral fica posicionado no meio do campo, entre os dois pontas, dividindo as responsabilidade de cobertura, recepção de chutes e contra-ataque. Dizemos que é o guardião da equipe. Vê o jogo de um lugar privilegiado e sabe bem onde deverá entrar para atacar, pois consegue ver as falhas da defesa adversária. É como um segundo abertura na questão de visão de jogo, técnica de execução de jogadas, habilidade com os pés e muita velocidade.

A coluna vertebral da equipe:

No rúgbi dizemos que existe uma coluna vertebral dentro de campo, que é formada pelos jogadores de número 2, 8, 9, 10 e 15, pois são posições únicas e responsáveis por muitas tomadas de decisão.

Para um Hooker (2), existem dois Pilares (1 e 3);

Para um Oitavo (8), existem dois Segundas Linhas (4 e 5);

Para um Hal-Scrum (9), existem dois Asas (6 e 7);

Para um Abertura (10), existem dois Centros (12 e 13);

Para um FullBack (15), existem dois pontas (11 e 14).

Agora todos poderemos acompanhar a Copa do Mundo de Rúgbi entendendo um pouco mais sobre a dinâmica do jogo e das posições dos jogadores deste esporte tão apaixonante.

Fonte: Terra

Por Fernando Portugal